Braskem aguarda esclarecimento da agência reguladora sobre R$ 3 bilhões adicionais

Companhia divulgou novos custos e despesas relacionados ao evento geológico de Alagoas após ter conhecimento de ofício da ANM

603
Foto: Divulgação/Braskem

São Paulo – Em relação ao fato relevante divulgado hoje relacionado ao evento geológico de Alagoas, o valor adicional de R$ 3 bilhões em custos e despesas aos valores já provisionados, a Braskem disse que precisa entender o cálculo realizado pela Agência Nacional de Mineração (ANM), que ainda não apresentou esclarecimentos.

“A companhia traçou um plano para fechar a mina para monitorar a cavidade dos poços, em que previa custos de R$ 1,2 bilhão [sem considerar o valor provisionado para apoiar os moradores da região], a companhia já tem em andamento, um contrato para preenchimento, com areia, de quatro cavidades, com estimativa de três anos para conclusão do processo e que, poderia ser reavaliado, com uma possível estabilização do solo. Os custos informados pela ANM superam esse valor, precisamos entender o que são esses custos adicionais previstos pela agência”, disse Pedro Freitas, diretor de relações com investidores da companhia, em reunião realizada pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).

Em relação às projeções, os executivos da empresa disseram que existem estudos sobre oportunidades em gás do pré-sal, mas não é algo de curto prazo, e que também estão analisando oportunidades em biopolímeros. A companhia tem uma cooperação tecnológica há mais de três anos com a dinamarquesa Haldor Topsoe, e iniciou operações em uma planta de demonstração em setembro.

“Ainda não temos certeza sobre a viabilidade do produto (MEG) e estamos em processo de desenvolvimento favorável, e iniciamos a planta de demonstração para iniciar a produção em larga escala. Caso se confirme a viabilidade, ele é um mercado muito favorável, que gera captura de carbono e tem potencial sustentável. Então, não estamos no mercado de meg, estamos analisando e está alinhado à nossa estratégia de desenvolvimento sustentável futura”, disse Roberto Simões, presidente da companhia.

Os executivos da Braskem disseram que deverão investir em projetos de modernização para aumentar o uso de energias renováveis em suas plantas. Até 2023, a empresa já tem três contratos de energia contratados, que chegarão a 8,2% do consumo de energia da empresa.