Brasil é país-chave para Engie, diz CEO global

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Foto divulgação: Engie Brasil

São Paulo, 26 de maio de 2021 – O Brasil é um dos poucos países-chave para a Engie, considerando uma meta de reduzir a atuação da empresa de 70 para 23 países estabelecida nos últimos anos, disse a presidente global da empresa francesa, Catherine MacGregor, em evento do BTG Pactual.

A companhia tem 16% da capacidade no Brasil, 90% delas em fontes renováveis, o que é visto como um modelo para a atuação global da empresa.

“Estamos reequilibrando nossa atuação foco da França para outros países como o Brasil, nas áreas de transmissão, energias renováveis e reequilíbrio de suprimento de gás e eletricidade”, acrescentou.

A Engie projeta ampliar sua capacidade de geração de energia elétrica global de 31 gigawatts (GW) para 80 GW até 2030, com base majoritariamente renovável.

Até 2025, a empresa projeta ter 32 GW de infraestrutura de energia distribuída, o que representa uma ampliação de 8 GW.

“A companhia considera o gás uma fonte importante para oferecer flexibilidade, segurança à rede”, disse a presidente da empresa.

Na Europa, a empresa tem uma rede de gás na França e considera estar bem posicionada na produção de hidrogênio. A companhia tem 70 projetos para produção de hidrogênio verde e prevê chegar a 0,6 GW em 2025 e 4 GW em 2030.

A empresa está otimista com a implementação da nova lei do gás no Brasil e investirá R$ 1,5 bilhão (300 milhões de euros) em distribuição de gás no país.

“Na Europa Ocidental o consumidor final quer energia limpa e barata, o que é um paradoxo. Já no mercado B2B (empresas), o cliente quer pagar por esse diferencial”, comentou.

No Brasil, a executiva avalia que o mercado de hidrogênio verde pode ser uma alternativa para a transição energética do segmento de transporte pesado, por ser uma fonte mais econômica em relação à elétrica.

Em relação ao impacto da pandemia de covid-19 no Brasil, a empresa considerou satisfatório o apoio dado pelo governo para garantir os negócios e apoiar os funcionários.