Brasil deve alcançar capacidade instalada de 245 GW em 2028

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São Paulo, SP – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou o Sumário Executivo Digital do Plano da Operação Energética (PEN 2024) – horizonte 2024-2028. O documento apresenta as avaliações das condições de atendimento ao mercado previsto de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o horizonte do planejamento da operação energética para os próximos cinco anos.

Na oferta de energia elétrica, comparado a dezembro/2023, há um acréscimo de cerca de 30 GW de capacidade instalada ao longo do horizonte do plano, resultando em 245 GW ao final de 2028, com forte inserção de usinas solares e eólicas, além da marcante evolução da Mini e Micro Geração Distribuída (MMGD). A participação conjunta das fontes solar fotovoltaica e MMGD vai evoluir para cerca de 26% da matriz ao final de 2028. A fonte solar, incluindo a MMGD, já é atualmente a segunda maior em termos de capacidade instalada do SIN.

Uma das novidades do PEN 2024 consiste na realização de uma exploração inicial do tema Flexibilidade Operativa, a partir de avaliação de um histórico recente, da constatação dos desafios atuais, além da prospecção de sua relevância num breve futuro. Esse tema ganha cada vez mais importância devido ao aumento da participação da energia eólica, solar fotovoltaica e da MMGD no atendimento ao SIN, o que tem exigido maior flexibilidade das fontes convencionais, especialmente das hidrelétricas, que são mais controláveis e capazes de regular a potência disponível.

Além disso, para o Planejamento da Operação Energética 2024-2028 foram implementados dois aprimoramentos metodológicos com o objetivo de melhorar a qualidade das avaliações realizadas pelo Operador.

Sob o ponto de vista energético, o PEN 2024 indica um equilíbrio estrutural do SIN durante todo o período. No entanto, apesar de apontar que os critérios de garantia de suprimento de energia estão plenamente atendidos, o sumário alerta para a necessidade de atenção ao suprimento de potência. Para garantir o equilíbrio estrutural em termos de potência a partir de 2025, o ONS sugere a avaliação de leilões anuais de reserva de capacidade.