Bolsonaro reitera que auxílio emergencial terá mais duas parcelas

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Coletiva de Imprensa do Presidente da República, Jair Bolsonaro e Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro reiterou que o governo deve propor duas parcelas adicionais para o pagamento do auxílio emergencial, mas indicou que o Planalto ainda pretende reduzir o valor das parcelas adicionais para R$ 300 cada, ante o valor de R$ 600 das três parcelas originais.

“Pretendemos ter quarta e quinta parcela. Alguns acham que tem que ser R$ 600. Tudo bem, mas nosso endividamento está enorme”, disse ele durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais. “Vai desequilibrar para o lado de cá. Se desajustarmos nossa economia, todo mundo vai pagar conta”, acrescentou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse em 28 de maio que mudar o valor do auxílio emergencial seria ruim, mas que compreende a situação do governo, que precisará lidar com uma dívida equivalente a pouco menos de 100% do Produto Interno Bruto (PIB) após a pandemia.

No entanto, ele defendeu a realocação de verbas destinadas a outros programas do governo para tentar manter o valor do auxílio emergencial nas parcelas adicionais.

“Onde que podemos encontrar soluções para que pelo menos no curto prazo a gente possa manter o valor e depois fazer escadinha reduzindo este valor?

Talvez uma parte do orçamento novo e uma parte de programas que estão mal alocados. Talvez nos dê condição de manter por algum período os R$ 600 e depois tentar criar programa oficial, permanente de renda mínima com esses programas que já existem no governo”, afirmou.

No momento, o auxílio emergencial prevê três pagamentos de R$ 600 ou de R$ 1.200 cada para trabalhadores informais, microempreendedores individuais ou desempregados com renda de familiar de até R$ 3.135 mensais ou com renda familiar por pessoa de R$ 522,50. O Ministério da Economia estimou em R$ 123,9 bilhões as despesas com o programa.