Bolsonaro garante Guedes e diz que não fará nenhuma aventura na economia

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O ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante o lançamento dos programas CODEX e SUPER.BR e do 8º Revogaço no Palácio do Planalto. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Brasília – Em meio à crise no mercado por causa de mudanças no teto de gastos da União, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu, nesta sexta-feira, com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Após a reunião, no Ministério da Economia, Bolsonaro e Guedes fizeram um pronunciamento à imprensa. Bolsonaro manifestou apoio ao ministro. “Eu o conheço desde antes das eleições (de 2018), nós nos entendemos muito bem, eu tenho confiança absoluta nele. Ele entende as aflições que o governo passa”, afirmou Bolsonaro.
O presidente citou providências tomadas pelo governo durante a pandemia, como os programas para proteção de empregos e manutenção de empresas, e criticou as medidas de isolamento social adotadas por estados e municípios para evitar a propagação da Covid-19. “O nosso governo entrou em campo para atender os mais necessitados, criamos o auxílio emergencial”, afirmou Bolsonaro.
Ao defender a criação do Auxílio Brasil, o presidente disse que muitas pessoas no país ainda estão passando necessidade e que o programa vem sendo estudado há meses. Disse que o valor a ser pago para cerca de 17 milhões de pessoas – R$ 400 – foi definido com responsabilidade. “Não faremos nenhuma aventura, não queremos colocar em risco nada no tocante à economia”, afirmou o presidente.
Bolsonaro reiterou que a economia brasileira vem se recuperando melhor do que a de outros países. Disse que a inflação não é um problema que atinge somente o Brasil, mas o mundo toda enfrenta alta de preços, especialmente de alimentos. Também citou a alta do dólar e do barril de petróleo, que impacta nos preços dos combustíveis no mercado interno.
O presidente voltou a dizer que, apesar de indicar o presidente da Petrobras, não tem ingerência sobre as decisões da estatal. “Ela é auditada, é fiscalizada, mas não existe, da nossa parte, o congelamento de preços. Nós sabemos que as consequências são piores”, afirmou.
Segundo Bolsonaro, o aumento dos combustíveis reflete na inflação, em especial o óleo diesel. “Os caminhoneiros que transportam as cargas pelo Brasil merecem a nossa atenção. Foi decidido uma auxílio aos mesmos, que ficará menos de R$ 4 bilhões ao ano”, afirmou.