Bolsa sobe e renova recorde histórico de pontuação

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São Paulo – O Ibovespa começou o dia entre perdas e ganhos, depois engatou alta e bateu o topo histórico duas vezes, no meio da tarde aos 125. 125.529,07 mil pontos e perto do fechamento aos 125.697,58- na máxima interdiária com as ações da Petrobras e o ambiente favorável no exterior. O principal índice da B3 fechou em alta de 0,96%, aos 125.561,37 pontos. A mínima do dia foi de 124.284,00 pontos. O volume financeiro foi de R$ 30 bilhões.

As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), que têm 8% no peso no índice, subiram 5,78% e 4,16% , respectivamente, e foram destaque no pregão de hoje, após a divulgação do JP Morgan que elevou a classificação dos papéis para overweight (forte desempenho) devido à percepção de um risco menor com a nova diretoria da estatal, om a manutenção estratégica da direção.

Outros pontos favoráveis que contribuíram para a recomendação das ações foram o comprometimento em manter o foco no pré-sal, disciplina de capital e o acompanhamento dos preços no exterior.

O banco também destaca que os papéis negociados na Bolsa estão baratos e seu preço-alvo passa a ser R$ 35,50, com até 40% de valorização. No pregão de hoje os papéis da Petrobras (PETR 3 e PETR4) foram cotados a R$26,70 e R$26,99, nessa ordem na compra. O analista José Costa Gonçalves, analista da Codepe Corretora comenta que “a notícia é boa e o banco está endossando o que está acontecendo no mercado”.

O analista da Codepe Corretora afirma que com a recomendação do JP Morgan nesta manhã foram negociadas 120 milhões de ações da estatal, com um volume de R$ 3,320 bilhões e o maior comprador foi o próprio banco.” O JP Morgan comprou 11, 3 milhões em papéis da Petrobras, o que representa 10% do volume negociado na Bolsa, ou seja, um volume de R$ 120 milhões [US$ 57 milhões]”, conclui.

Ele acrescentou que o Merry Lynch foi o segundo comprador de Petrobras com 6,7 milhões em ações e um volume de R$ 180 milhões.

Os analistas da Ativa Investimentos comentaram que “o índice conseguiu renovar a máxima histórica puxado pelas ações da Petrobras e pelo bom humor das bolsas no exterior”.

A equipe de analistas da Terra Investimentos afirmou que o Ibovespa “acompanha Nova York e mostra cautela com IGP-M e PCE reforçando as preocupações em relação ao cenário inflacionário”.

O estrategista Filipe Villegas, da Genial Investimentos, tem uma preocupação em relação ao alerta emitido pelo governo federal em relação à crise hídrica. “Vivemos com muita volatilidade e o alerta hídrico pode mexer com a inflação e ter impacto no mercado”, afirmou.

O dólar comercial fechou em queda de 0,79% no mercado à vista, cotado a R$ 5,2130 para venda, no menor valor de encerramento desde 14 de janeiro (quando encerrou a R$ 5,2070), em sessão positiva para os ativos domésticos em meio à entrada de fluxo estrangeiro e com a moeda norte-americana perdendo a força no exterior ao longo da segunda parte dos negócios. Na semana, a moeda fechou com recuo de 2,63%.

Além disso, o ingresso de fluxo cambial pela via financeira e comercial corroborou para a moeda renovar mínimas sucessivas, a R$ 5,21, na parte da tarde, reforça o diretor de uma corretora nacional.

O consultor de câmbio da Amplla Assessoria, Alessandro Faganello, avalia que houve uma melhora doméstica com o andamento das tratativas da agenda de reformas, administrativa e tributária, além da percepção de melhora do cenário fiscal ao longo da semana. “Também observamos o início de um movimento para a formação da taxa Ptax [de fim de mês]. Um ‘amistoso'”, diz.

Na semana que vem, marcada por feriados nos Estados Unidos na segunda-feira e no Brasil, na quinta-feira, os destaques na agenda de indicadores ficam com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre, números de maio do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) norte-americano, da China e da zona do euro, além de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Para Faganello, a segunda-feira será de baixa liquidez com o feriado norte-americano, enquanto aqui, terá a “clássica” disputa pela formação de preço da Ptax – média das cotações apuradas pelo Banco Central (BC). “Mas o mercado vai esperar mesmo pelos dados do relatório de emprego dos Estados Unidos. Será o payroll mais importante”, reforça.

“Após frustração com o resultado [do payroll] de abril, a criação de vagas de maio será acompanhada de perto tanto pelo mercado quanto pelo próprio Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano], que tem condicionado a retirada dos estímulos à melhora do mercado de trabalho”, acrescenta a equipe econômica do Bradesco.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) fecharam em direções mistas depois de oscilarem dentro de margens estreitas ao longo de uma sessão na qual prevaleceu uma postura mais cautelosa entre os investidores diante da pausa para o fim de semana, da definição da nova bandeira tarifária e da agenda carregada da próxima semana. Outro fator a inspirar cautela foi a forte aceleração do Indice Geral de Preços-Mercado em maio (IGP-M).

Com isso, o DI para janeiro de 2022 encerrou com taxa de 5,03%, de 4,98% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,585%, de 6,580%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,79%, de 7,88% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,43%, de 8,50%, na mesma comparação.

Os principais índice do mercado de ações norte-americano terminaram o dia em leve alta à medida que os investidores se debruçam sobre os dados econômicos. A semana foi marcada por ganhos mais robustos, embora no mês o Nasdaq tenha sido penalizado pela onda de vendas que atingiu o setor de tecnologia. Na segunda-feira, as bolsas em Nova York ficam fechadas em função do feriado do Memorial Day.

Confira a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos no fechamento:

Dow Jones: +0,19%, 34.529,45 pontos

Nasdaq Composto: +0,09%, 13.748,70 pontos

S&P 500: +0,07%, 4,204,11 pontos