Analistas seguem otimistas com Suzano e Klabin, apesar da queda de preços na China

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Cultivo de eucalipto em indústria de celulose em Mucuri Foto: Amanda Oliveira/GOVBA

São Paulo – As ações da Klabin e Suzano recuam com a queda nos preços da celulose na China, apesar de analistas apresentarem visões otimistas para o setor diante da expectativa de retornos dos papéis e reajuste já esperado dos preços. Com o Ibovespa em queda, às 15h23 (horário de Brasília), as ações da Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) recuavam 2,06% e 2,54%, a R$ 24,67 e R$ 54,32.

O BTG Pactual reiterou a recomendação de compra das ações de Klabin e Suzano, apesar da atual tendência negativa dos preços na China, citando a queda de preços da celulose de fibra curta e longa, spread de fibras SW-HW, preços de revenda do eucalipto em equivalente de importação e queda no preço de SW futuro na China. O rating de compra reflete expectativa de retorno total 10% acima da média do setor das empresas analisadas.

Em relatório, o banco informa que o BHKP estava US$647,96 por tonelada (t), queda de 18,8% em relação à semana anterior e 124,8% em base mensal. O NBSK chinês está em US$ 850,49, recuos de 0,4% e 108,5%, nas mesmas bases, enquanto o spread chinês de SW-HW se encontra no valor de US$203 por t, ante 120 por t em níveis normalizados. O preço de revenda de eucalipto está atualmente em um equivalente de importação de US$620,78 por t, queda de 4,6%, em base semanal. Por fim, os futuros de SW da China estão em 6,252 RMB (uma importação equivalente a US$833,44 por t, alta de 32,0% na semana.

A XP destacou, em nota, que a forte queda dos preços da celulose de fibra curta na semana, de US$18,8 por t, para US$647,96, já era esperada pelo mercado, uma vez que os noticiários apontam que alguns players na América Latina vêm reduzindo preços para a China.

“No entanto, seguimos otimistas com o setor”, disseram os analistas Yuri Pereira e Thales Carmo.