Analistas estimam fortes resultados para CSN e recomendam ação

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São Paulo – O Bank of America (BofA) e o Credit Suisse reiteram compra das ações da CSN, mostrando uma visão otimista com o crescimento da empresa, redução da alavancagem e preços de commodities e boa perspectiva de pagamento de dividendos.

O Credit Suisse elevou o preço-alvo da ação para R$ 58,5, de R $53,0, principalmente pela incorporação dos resultados do quarto trimestre, da alta de 10% no preço dos aços planos em abril, e das novas estimativas para a CSN Mineração.

A estimativa da casa é que a geração de fluxo de caixa livre (FCF) aumente significativamente frente a este cenário, juntamente com o fluxo de caixa do oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de mineração, o que deve finalmente trazer a alavancagem a níveis mais sustentáveis, resolvendo problemas de estrutura de capital do passado.

A conclusão da desalavancagem da CSN deve também abrir espaço para aumentar o pagamento de dividendos, com a possibilidade de rendimentos de dois dígitos de 2022 a 2025.

Somado a isso, os analistas enxergam os mercados de minério de ferro com um déficit de 60 milhões de toneladas (Mt) em 2021 (4,1% do mercado seaborne), com a perspectiva de atingir um estado mais equilibrado em 2022, o que deve sustentar os preços acima de $100/t ao longo de 2021-22 e, como resultado, gerar fortes resultados na divisão de mineração da CSN.

No mercado de aço, o Credit Suisse aponta que a divisão também tem melhorado significativamente, com expectativa de crescimento de 10% nos embarques domésticos em relação a 2020 e, o que deve resultar em bons resultados em ebitda (R$8,3 bilhões em 2021, com margens de até 31%, vs. 15% 2020).

O Bofa, por sua vez, reintegrou os papéis da CSN em classificação de compra, com uma visão positiva refletindo o crescimento da demanda regional e a expansão do minério de ferro, além do progresso da desalavancagem.

“Os preços excepcionalmente altos do minério de ferro e das chapas de aço nos últimos trimestres podem acelerar a CSN em sua meta de desalavancagem, eliminando a sobrecarga de uma pesada dívida por anos sobre o estoque”, disse.

Além de destacar as perspectivas da empresa e do mercado nas áreas de aço, pontuando que espera uma desaceleração no patamar atual de preços globais, que avalia como “insustentáveis”, também mostra uma visão positiva para a área de cimentos.

“A CSN parece excepcionalmente bem posicionada para compensar a fraqueza nos preços das commodities com maiores volumes para atender à demanda regional de aço e seu aumento planejado na capacidade de minério de ferro por meio da CSN Mineração. Sua divisão de cimento também está se recuperando com base na resistência da construção, e pode fazer IPO”, finalizou.