Analista seguem otimistas com a Vale após 2T21

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São Paulo – Apesar de a Vale apresentar alguns resultados financeiros um pouco abaixo do previsto pelo mercado no segundo trimestre, analistas seguem otimistas com o desempenho da companhia e a sua capacidade de pagar dividendos. Às 13h16 (horário de Brasília), as ações da mineradora (VALE3) tinham queda de 2,04%, a R$ 114,90, refletindo os dados.

Segundo o Credit Suisse, o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia, de US$ 11,2 bilhões no segundo trimestre, veio 2% abaixo do consenso do mercado e 3% abaixo da estimativa do banco. A avaliação é que custos de caixa mais elevados fizeram com que as estimativas não fossem atingidas.

“No geral, foi apenas um pouco abaixo. No entanto, ainda atribuímos uma alta probabilidade de dividendos extraordinários sendo anunciados à frente e permanecemos construtivos em relação aos preços de minério de ferro”, afirmaram os analistas do banco em relatório. A companhia deve pagar mais R$ 5,3 bilhões de dividendos em setembro, de acordo com a data prevista na sua política de dividendos.

O banco manteve a recomendação de “outperform” (equivalente à compra) para a mineradora, que ainda acredita que está excessivamente descontada em comparação com os seus pares australianos (média de 3,8 vezes).

Já os analistas do BTG Pactual afirmaram que os resultados da Vale foram sólidos, embora um pouco abaixo do consenso e com o ebitda 7% abaixo da previsão do banco, que admite que tinha uma estimativa otimista para o dado, impulsionada pela força dos preços do minério de ferro.

“A perda frente a nossas expectativas foi principalmente influenciada por preços realizados mais baixos do minério de ferro, devido a um mix de efeitos, como custos de caixa C1 mais elevados e um ebitda de metais básicos mais fracos”, afirmaram.

Apesar de afirmarem que talvez o resultado não tenha sido o que o mercado esperava, acreditam que a companhia ainda é um “bull case” (caso de alta) e mantiveram a recomendação de compra para os papéis da empresa, que também veem como excessivamente descontados frente a concorrentes. Ainda destacaram o pagamentos de dividendos encaminhado e preveem um relevante retorno de caixa em 2021.

Os analistas do Itaú BBA, por sua vez, afirmam que o ebitda veio 4% abaixo de suas estimativas, mas que acreditam que volumes saudáveis de vendas e sólidos preços continuarão a dar suporte a resultados fortes no terceiro trimestre. O banco ainda destacou uma “robusta” geração de fluxo de caixa. Diante disso, o Itaú reiterou a recomendação de compra.

Danielle Fonseca / Agência CMA

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