Allos registra lucro líquido de R$ 85 milhões no 1° trimestre

79
Shopping Leblon (RJ) / Foto divulgação

São Paulo, SP – A Allos divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024, com lucro líquido de R$ 85 milhões, recuo em relação ao mesmo período de 2023. O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 447
milhões, alta de 6,7% em relação ao 1T23. Já a margem Ebitda ajustado foi de 72,6%, alta de 0,5 p.p. na comparação com o mesmo período de 2023.

A receita líquida foi de R$ 616 milhões, alta de 6,5% na comparação anual. Mídia foi destaque com crescimento de 49%, além do estacionamento, que segue trajetória ascendente avançando 21%. A receita de aluguel cresceu 3% refletindo a capacidade da Allos de gerar sinergia de receita. A receita de locação atingiu R$468,3 milhões, um aumento de 3% versus o 1T23, mesmo a um cenário de inflação negativa no acumulado dos últimos 12 meses. A qualificação de mix, crescimento de vendas e o avanço das receitas de locação de mídia reforçam a capacidade da ALLOS de gerar sinergias de receita.

No 1T24, o NOI da ALLOS totalizou R$ 549 milhões, com margem de 92,7%, já considerando o efeito de provisão de devedores duvidosos (PDD). O indicador apresentou crescimento de 6,3% versus o mesmo período do ano anterior, reflexo da performance de alugueis e estacionamento, além da captura de sinergias em custos operacionais, que se mantiveram estáveis no 1T24 em relação ao 1T23. O aumento de 37 bps YOY, em margem NOI, também é reflexo do processo bem sucedido de desinvestimentos que a Companhia vem conduzindo.

A companhia fechou o primeiro trimestre de 2024 com vendas no valor de R$ 9 bilhões, o que equivale a um crescimento proforma de 8,3%, versus o 1T23. O SSS do período foi de 6,1%, e a sua diferença para a performance de vendas totais evidencia o bom relacionamento comercial e da extração de sinergias. O desempenho das novas lojas, que apresentaram crescimento de 30,9% no 1T24 versus o 1T23, contribuiu positivamente para o desempenho total do portfólio. A Allo segue apresentando consistente performance de aluguéis no trimestre, com SSR de 4,2%.

No 1T24, o FFO atingiu R$289,7 milhões, superando em 36,5% o mesmo período no ano anterior. O FFO por ação cresceu 41,0%, 440 bps maior que o crescimento do FFO no período, em função dos mais de R$520 milhões investidos em recompras de ações desde o 4T23, que reforçam o compromisso da Allos de alocar capital visando otimizar o retorno aos acionistas.

A Allos encerra o 1T24 com a taxa de ocupação de 96,3%, mesma taxa observada no 4T23, superando os efeitos de sazonalidade. No primeiro trimestre do ano, foram assinados
um total de 150 novos contratos, equivalente a 21 mil m2 de ABL. Considerando os shoppings de terceiros administrados, 181 novas operações foram comercializadas, equivalentes à 24,0 mil m2.

No 1T24, o custo de ocupação foi de 11,1%, 40 bps abaixo do registrado no 1T23, em função do forte crescimento em vendas no trimestre. As despesas de aluguel representaram 6,7%, enquanto os encargos comuns e despesas com fundo de promoção (FPP) representaram 4,4% do custo total.

No primeiro trimestre de 2024, a inadimplência líquida foi de 3,6%, representando uma redução de 100 bps em relação ao mesmo período de 2023, reflexo da boa performance em vendas dos lojistas. Vale ressaltar a sazonalidade da inadimplência líquida, normalmente mais alta no primeiro trimestre de cada ano.

O custo médio da dívida foi de 13,3% no 1T24 (versus 13,9% no 4T23), o que equivale à taxa de CDI + 0,8%. O patamar alcançado decorre das ações de gestão de passivos realizadas nos últimos trimestres. No 1T24, a relação Dívida Líquida / EBITDA da Companhia foi de 1,8x.

A Allos apresentou geração operacional de caixa de R$ 451,9 milhões nos primeiros três meses de 2024. A variação do saldo de caixa pode ser explicada, em grande parte por: i) recebimentos pelos desinvestimentos; ii) pelas amortizações de principal e juros de financiamentos ; iii) recompra de ações ; iv) capex; e, (v) outras iniciativas alinhadas ao planejamento estratégico de longo-prazo da Companhia

DESINVESTIMENTOS

Os desinvestimentos recentes, que somaram mais de R$ 1,8 bilhão, completaram todos as transações anunciadas, e que o processo do São Luis Shopping está em andamento com previsão de conclusão nos próximos meses. Até o momento, R$ 1,5 bilhão foram recebidos entre o 4T23 e maio de 2024. Além disso, o Conselho aprovou um plano de desinvestimentos que pode gerar vendas de ativos no valor de até R$ 1 bilhão. Em linha com novo plano, a empresa anunciou a venda integral de sua participação no Top Shopping, na cidade de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro, por R$ 112 milhões.