Ações sobem mais de 4%; BTG reitera compra após 1T21

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São Paulo – As ações da BR Distribuidora registram a maior alta do Ibovespa hoje. Ontem, a empresa divulgou resultados do primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 492 milhões, alta de 110,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Às 13h28 (horário de Brasília) os papéis (BRDT3) subiam 4,47%, a R$ 24,99.

Na avaliação do BTG Pactual, os números reportados foram ótimos e o resultado foi ajudado pelos ganhos de estoque e a execução de alto nível da BR Distribuidora.

“A BR Distribuidora está melhorando a execução comercial, permitindo um crescimento de maior qualidade, juntamente com avaliações pouco exigentes e riscos de alta para nossas estimativas contribuem para uma história de risco-recompensa no espaço de distribuição de combustível. Reiteramos nossa compra”, disse o BTG.

Para a Guide Investimentos, “a BR Distribuidora obteve um ótimo resultado em virtude do aumento de receita, além de maior eficiência, o que possibilitou a redução de despesas operacionais, ocasionando num acentuado crescimento da margem ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

PARCERIA COM LOJAS AMERICANAS

O presidente da BR Distribuidora, Wilson Ferreira Junior, disse que a parceria feita com a Lojas Americanas deve render mais de 1 mil novas lojas em cinco anos.

“A parceria vai permitir um modelo operacional com lojas próprias. Essa parceria vai permitir a gente trabalhar nos dois ambientes de negócios e reposicionar de forma completa o trabalho que fazemos. Vamos nos tornar uma conveniência importante para os nossos mais de 30 milhões de clientes”, disse o executivo.

CRIAÇÃO DE VALOR

Wilson Ferreira Junior, disse que a empresa não tem pressa para a criação de valor. Em teleconferência para apresentar os resultados do primeiro trimestre deste ano, o executivo afirmou que investimentos serão feitos apenas em ocasiões que faça sentido com a estratégia adotada pela empresa.

“O drive principal da BR é a criação de valor sustentável. Nós sabemos que temos potencial de criação de valor. Vamos fazer isso de forma absolutamente consciente e sem pressa. Vamos utilizar capital desde que identificarmos alguma oportunidade de M&A que faça sentido com nossa estratégia.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

A transição energética deve acontecer mais cedo do que o esperado, segundo o presidente Wilson Ferreira Junior. Para ele, a empresa deve ficar atenta e criar estratégias para poder lidar com a mudança sobre a utilização de combustíveis fósseis como petróleo, carvão mineral e gás natural, que é já pauta em países como os Estados Unidos e Canadá.

“A gente tem que de fato olhar com muita atenção, criar esses cenários, os impactos deles e as estratégias recorrentes deles. Eu entendo que a coisa que é desconhecida e precisa ser foco da nossa atenção tem que ser o tema da transição, o impacto dela e as estratégias futuras”, disse.