Ações das Lojas Renner caem quase 5% após dados do 3T20

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Foto divulgação: Lojas Renner

São Paulo – As ações da Lojas Renner recuam cerca de 4% e mostram a maior queda do Ibovespa no momento depois que a rede divulgou o seu balanço do terceiro trimestre. Segundo analistas dos bancos Bradesco BBI, Credit Suisse e BTG Pactual, os resultados vieram em linha ou abaixo do previsto em função dos efeitos da pandemia de coronavírus, mas a empresa já mostra sinais de recuperação.

Às 12h09 (horário de Brasília), os papéis da varejista (LREN3) tinham queda de 4,81%, a R$ 40,51

Segundo os analistas do Bradesco BBI, o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia veio um pouco abaixo do esperado, enquanto o lucro líquido veio em linha, mas a companhia indicou que há potencial de recuperação e que haverá um desempenho melhor do e-commerce no quarto trimestre do que no terceiro.

“A administração fez uma série de comentários sobre o mês de setembro e sobre o quarto trimestre, o que nós pensamos que pode dar ao investidores alguma confiança de que o segmento de vestuário está começando a retornar à normalidade após seis meses de dificuldade”, disseram em relatório.

Eles destacam que setembro teria mostrado crescimento de vendas nas mesmas lojas, bom recebimento de novas coleções, entre outros fatores que podem levar ao retorno da rentabilidade no último trimestre do ano. O banco manteve a recomendação “neutral” (equivalente à manutenção) para os papéis.

Para os analistas do Credit Suisse, por sua vez, a Renner reportou resultados em linha com as suas expectativas, que já consideravam os impactos da pandemia.

“A Lojas Renner é uma ótima companhia, mas não foi imune aos desafios impostos pela covid-19. Reconhecemos os esforços para acelerar as vendas online e implementar seus projetos, mas ainda não estamos confortáveis com a perspectiva para 2021”, afirmaram ainda, em relatório, acrescentando que a companhia já está sendo negociada em valores justos.

O BTG Pactual também avalia que o resultado foi afetado pela covid-19 como o esperado, com a margem bruta caindo. Mas também destacam que setembro foi melhor, trazendo algum alento de que o quarto trimestre deve vir mais positivo.

“Mesmo vendo poucos gatilhos, continuamos a ver a empresa como um call estrutural no fragmentado mercado de vestuário brasileiro, com o papel negociando hoje em linha com a mediana do varejo”, disseram os analistas do banco, em relatório.