Ações da MRV saltam mais de 5% após prévia operacional forte

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Foto divulgação: MRV

São Paulo, 9 de outubro de 2020 – As ações da MRV mostram a maior alta do Ibovespa nesta manhã depois que a companhia divulgou dados operacionais do terceiro trimestre de 2020, que foram considerados fortes por analistas do Credit Suisse e do BTG Pactual. Às 10h55 (horário de Brasília), os papéis (MRVE3) tinham alta de 5,29%, a R$ 17,69.

“Como esperado, a MRV reportou uma prévia operacional bem forte, demonstrando que a tese de ganho de market share em detrimento de players menos estruturados se manteve intacta”, destacaram os analistas do Credit Suisse em relatório.

Eles ressaltam que a empresa apresentou um novo recorde de vendas líquidas no terceiro trimestre, em linha com as suas estimativas, o que implica um ganho de 200 pontos base de fatia de mercado no setor, para 11,3%, em relação ao mesmo período do ano passado. A avaliação é que os números reforçam a visão da MRV de que esse novo nível de vendas veio para ficar, dado o investimento feito em tecnologia digital e na marca.

Os lançamentos também vieram em níveis altos, acelerando o pipeline depois de um segundo trimestre fraco. “Similar à vendas, esperamos que a companhia continue lançando em níveis altos impulsionada por um momentum operacional robusto”, afirmaram.

Para os analistas, o papel deve reagir positivamente ao dados depois de cair
quase 20% desde julho. O Credit manteve a recomendação neutro para o papel, já que mantém a preferência para empresas focadas voltadas o segmento de média renda no setor residencial.

Os analistas do BTG Pactual também afirma que os números vieram fortes, destacando os lançamentos e vendas no período. “A estratégia da companhia para vender estoque foi bem, apesar de ter sido acompanhado de compressão de margem”, afirmaram em relatório, mantendo a recomendação de compra.

O volume de lançamentos da MRV somou R$ 1,875 bilhão no terceiro trimestre, alta de 15% frente ao mesmo período do ano passado, e com 11,106 mil unidades lançadas. Já as vendas líquidas tiveram crescimento de 41,1% no período na comparação anual, totalizando R$ 1,969 bilhão.