Ações da Klabin e Suzano sobem com dólar, apesar de queda da celulose

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Cultivo de eucalipto em indústria de celulose em Mucuri Foto: Amanda Oliveira/GOVBA

São Paulo – As ações de papel e celulose sobem, seguindo o movimento do dólar, que abriu a manhã em alta. As empresas do setor são exportadoras e aproveitam o dólar mais forte. Às 12h30 (horário de Brasília), as ações da Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) subiam 2,97% e 1,92%, a R$ 24,61 e R$ 56,75 .

No entanto, os analistas da XP e do BTG Pactual repercutem a queda dos preços da celulose de fibra curta, embora mantenham visão otimista para o setor, diante da expectativa de retornos dos papéis e do reajuste já esperado dos preços.

O BTG Pactual manteve a recomendação de compra das ações da Suzano e Klabin, citando a queda de preços da celulose de fibra curta e longa, spread de fibras SW-HW, preços de revenda do eucalipto em equivalente de importação e queda no preço de SW futuro na China.

Em relatório, o banco informa que o BHKP estava US$639,03 por tonelada (t), queda de 2,1% em relação à semana anterior e 45,8% em base mensal. O NBSK chinês está em US$ 847,87, recuos de 0,4% e 26,8%, nas mesmas bases, enquanto o spread chinês de SW-HW se encontra no valor de US$209 por t, ante 120 por t em níveis normalizados. O preço de revenda de eucalipto está atualmente em um
equivalente de importação de US$609,02 por t, queda de 2,0%, em base semanal.

Por fim, os futuros de SW da China estão em 6,298 RMB (uma importação equivalente a US$834,52 por t), queda de 72,0% na semana.

Já a XP destaca apesar da forte queda dos preços da celulose de fibra curta na semana nas últimas semanas, acredita que já era esperada pelo mercado, uma vez que os noticiários apontam que alguns players na América Latina vêm reduzindo preços para a China.

“Os preços da commodity acumularam queda de US$141/t desde o topo em maio. No entanto, seguimos otimistas com o setor”, disse a XP, em breve relatório.