Ações da Eletrobras disparam com aprovação de MP de privatização

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Foto Divulgação/ Eletrobras

São Paulo – As ações da Eletrobras já abriram o pregão em forte alta refletindo a aprovação da medida provisória (MP) que trata da sua privatização ontem no Senado Federal, apesar de pontos polêmicos do texto.

Às 11h46 (horário de Brasília), as ações ordinárias (ELET3) tinham alta de 6,90%, a R$ 46,61, enquanto as preferenciais (ELET6) subiam 7,62%, a R$ 46,52, mostrando as maiores altas do Ibovespa. Perto da abertura da sessão, os papéis chegaram a subir mais de 9% atingindo novas máxima históricas.

O texto-base da MP da Eletrobras foi aprovado por 42 votos a 37 pelos senadores depois da inclusão de alterações, chamadas de “jabutis”, e voltará para a Câmara dos Deputados para nova votação. O texto precisa ser aprovado até terça-feira (22) para não perder a validade.

“A aprovação do projeto se deu após as 17h, por isso, as ações fecharam caindo aproximadamente 3% no dia. Vale mencionar que com a privatização da empresa cada vez mais próxima, achamos que ela deve seguir se apreciando”, afirmou Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, em relatório.

Ele destaca que após ser a MP ser aprovada na Câmara e passar pela sanção presidencial, a empresa precisa seguir com seu processo de privatização e executar pontos previstos, como a necessidade da cisão da usina de Itaipu e Eletronuclear. De acordo com o cronograma oficial, a capitalização da empresa deve ocorrer em janeiro do ano que vem.

INVESTIMENTOS

O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, disse que a aprovação da MP que viabiliza a capitalização da empresa é fundamental para que a Eletrobras volte a ter capacidade de investir.

“É um passo importante para a concretização deste projeto, que foi apresentado pela primeira vez em 2017. A capitalização é fundamental para quea empresa volte a ter capacidade de investir. Hoje, a capacidade de investimento da Eletrobras é pequena frente ao seu tamanho e ao seu papel crucial para a expansão do setor elétrico brasileiro. Precisamos recuperar esta capacidade para que ela volte a ser protagonista”, disse Limp, em nota.