Ações da Cogna sobem quase 5% em meio à negociação com Eleva

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São Paulo – As ações da Cogna Educação estão entre as maiores valorizações do Ibovespa nesta manhã depois que a companhia confirmou que está negociando com a Eleva Educação um acordo que envolve a compra e venda de determinados ativos educacionais. Às 11h09 (horário de Brasília), os papéis (COGN3) tinham ganhos de 4,86%, a R$ 4,74.

Segundo a empresa, a transação poderá envolver a venda de determinadas escolas controladas direta ou indiretamente pela Saber Serviços Educacionais, que pertence à Cogna, para a Eleva, bem como a aquisição de sistema de ensino detido pela Eleva pela Somos Sistemas de Ensino, empresa também controlada pela Cogna e pela Vasta Platform Limited.

Para o analista da Guide Investimentos, Luis Sales, um acordo seria positivo para as duas companhias. “A venda de ativos por parte de ambas as companhias traria melhorias a seus portfólios. Isto porque a Cogna fortaleceria seu negócio de material didático, seguindo sua estratégia, e a Eleva aumentaria sua estrutura, caminhando para seu processo de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês)”, afirmou, em relatório.

O analista destaca que a Cogna detém 52 escolas conceituadas, em um negócio que somou R$ 480 milhões no acumulado dos nove primeiros meses do ano passado. Enquanto isso, o sistema de ensino da Eleva conta com 200 mil alunos e 300 escolas.

“A compra deste se encaixa na estratégia da Cogna, que pretende fortalecer seu negócio de material didático que já é formado por marcas como Anglo, pH, entre outras. Ainda, atenderia a demanda dos investidores do mercado que aguardam por aquisições relevantes por parte da Vasta, braço de educação básica da Cogna que fez um IPO no ano passado”, disse ainda.

Separadamente, Sales afirma que as notícias são de que a Eleva pretende realizar uma abertura de capital em meados deste ano, na qual espera captar entre US$ 300 milhões e US$ 350 milhões.

No entanto, segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”, fontes afirmam que as conversas, que tiveram início há cerca de três meses, enfrentam dificuldades. Trata-se de uma transação complexa porque ambas as empresas querem manter seus contratos comerciais e não há ainda consenso sobre esses valores.