Ação da Oi sobe após lucro de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre; veja análises

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São Paulo – A ação da Oi fechou os negócios em alta após a divulgação de resultados fortes na visão dos analistas. O papel ordinário (OIBR3) encerrou a sessão desta quarta-feira em alta de 3,70% e o preferencial (OIBR4) subiu 2,88%.

A Oi divulgou na noite de ontem (28) o resultado do primeiro trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 1,7 bilhão, revertendo prejuízo de R$ 3 bilhões do mesmo trimestre de 2021. No quarto trimestre de 2021, o prejuízo foi de R$ 1,6 bilhão.

Para Victor Paganini, analista CNPI da Quantzed, empresa de tecnologia e educação financeira para investidores, a Oi é um dos destaques positivos do pregão desta quarta-feira, após reverter um prejuízo da última demonstração para lucro. “O mercado foi pego de surpresa com essa notícia por conta de o ativo ter tido resultados recorrentes bem pessimistas”, comentou.

Após a apresentação dos números, a Genial Investimentos disse que o resultado foi positivo, apresentando melhoras de margem na comparação anual corroborada por uma redução eficaz de custos, sem contar a forte expansão dentro do mercado de fibra. Diante dos resultados, a corretora recomenda a compra das ações com preço-alvo de R$ 1,10 (potencial upside de +103,7%). Às 10h50, as duas ações da Oi estavam no topo do Ibovespa, com altas de 4,80% (OIBR4) e 1,85% (OIBR3).

Segundo a Genial, a alteração do rating foi muito mais baseada na forte desvalorização da ação ao longo do ano, ao mesmo tempo em que os grandes riscos regulatórios foram superados e a questão da dívida passa a ser endereçada.

“Um dos principais entraves para a entrada dos investidores é a questão da Recuperação Judicial e a saída do processo se mostra cada vez mais próxima, minimizando significativamente os riscos de falência”, detalhou a Genial.

Por fim, a análise afirma que “a queda na participação da Oi na V.tal, onde enxergamos que seja a principal fonte de valor do que resta da Oi, fez com que revisitássemos o valuation da companhia, assim, sair de uma participação de 42,1% para 34,7% na V.tal, além de outros fatores, tiveram um impacto de R$ 0,10 no nosso preço-alvo”.

O BTG Pactual destacou em sua análise o anunciou, em junho, do aumento da dívida da companhia com a Anatel, gerando impacto negativo de cerca de R$ 0,60 por ação, segundo a corretora.

“A Oi anunciou que sua participação na V.Tal foi reduzido em 7,4% (metade disso estava relacionado a condições mais favoráveis no contrato de capacidade com V.Tal) de 42% para 35%. Estimamos que a mudança reduza o patrimônio da Oi em R$ 0,20 por ação. Diante disso, estamos revisando nossa recomendação, explicou o BTG.

Por fim o BTG lembrou que Capex foi de R$ 345 milhões,o que representou uma queda de 81% em comparação ao primeiro trimestre de 2021. A redução acentuada reflete a mudança de que a Oi não é mais responsável pelos investimentos em fibra da V.Tal.

Com Emerson Lopes / Agência CMA.

Edição: Cynara Escobar / Agência CMA.