Ação cai 6% após balanço; Bradesco diz que pares crescem mais

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Foto divulgação: Lojas Americanas

São Paulo – As ações da Americanas (antiga B2W) e das Lojas Americanas mostram as maiores quedas do Ibovespa após os resultados do segundo trimestre. Segundo analistas, apesar do crescimento de alguns indicadores, as vendas no e-commerce, por exemplo, mostram desempenho pior do que o de concorrentes como o Magazine Luiza.

Às 12h43 (horário de Brasília), as ações da Americanas (AMER3) recuavam 6,25%, a R$ 43,90, enquanto as da Lojas Americanas (LAME4) caíam 5,93%. a R$ 6,18.

“Apesar de crescer ligeiramente acima das nossas expectativa, o crescimento do e-commerce foi abaixo do MercadoLibre e do Magazine Luiza, embora a companhia tenha acelerado o frete gratuito e incentivos para vendedores. Nós esperamos ver um crescimento mais acelerado no segundo semestre frente a bases mais baixas, mas o quanto a Americana irá ganhar de fatia de mercado em 2022 ainda não está claro”, disseram os analistas do Bradesco BBI, em relatório.

No geral, os analistas viram os resultados como mistos e, mais importante do que ele, afirmam que foi o anúncio das sinergias esperadas da fusão com as Lojas Americanas e de um programa de recompra de ações, vistos como positivos.

“Apesar de preferirmos ver caixa investido em crescimento – em um mercado onde os concorrentes estão investindo agressivamente – há flexibilidade no balanço patrimonial, dada a grande posição de caixa e os longos prazos de endividamento”, disseram ainda sobre o programa de recompra.

Já os analistas do BTG Pactual, afirmam que um possível “re-rating da ação da Americanas dependerá da entrega de resultados consistentes, de preferência acima dos pares líderes”, nos próximos trimestres”.

“O recente negócio que culminou na fusão da Lojas Americanas com a B2W (dando origem à Americanas) deve desbloquear valor, com a Americanas a ser vista (e avaliada) como um player multicanal, mas atualmente vemos assimetria no
desconto da holding”, afirmaram.