Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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São Paulo – A ausência de notícias nesta sexta-feira e a expectativa em relação à decisão de política monetária dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, a serem anunciadas na próxima quarta-feira, mantêm os mercados brasileiros perto da estabilidade, após uma semana positiva para as ações e negativa para o dólar e as taxas de juros.

“Nas bolsas lá fora os movimentos também estão contidos, a agenda é fraca e o petróleo está de lado, mas ainda há otimismo na esteira de negociações comerciais e de olho nas políticas de estímulos fiscais, depois do BCE ontem e com o Fed na semana que vem”, disse o analista da Guide Investimentos, Rafael Passos.

Para o analista, investidores também podem aproveitar para realizar alguns lucros já que o Ibovespa subiu em seis dos últimos sete pregões, além de fazer alguns ajustes antes do vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira.

A estabilidade nos mercados locais ocorre mesmo após dados divulgados mais cedo mostrarem que a atividade econômica brasileira encolheu mais do que o esperado em julho.

Para o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, a atividade econômica segue em recuperação lenta, em meio à incerteza global, o que sustenta a previsão de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central irá reduzir o juro básico para 5,50% em setembro. “Adicionalmente, dado o quadro de recuperação lenta e as perspectivas benignas para a inflação, a taxa Selic chegará a 5,00% até o fim de 2019”, afirma, em comentário.

No caso do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, a maioria dos investidores espera um corte de 0,25 ponto porcentual nos juros, embora haja alguns investidores esperando manutenção da taxa.

No início da tarde, o Ibovespa caía 0,08%, para 104.284 pontos, enquanto o contrato futuro do índice com vencimento em outubro subia 0,11%, aos 104.745 pontos. O dólar comercial caía 0,09% no pregão à vista, a R$ 4,0560, e o contrato futuro da moeda com vencimento em outubro recuava 0,11%, a R$ 4.059,00.

Entre os juros, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 caíam a 5,245%, de 5,265% no ajuste de ontem; e as do contrato para janeiro de 2021 recuavam a 5,32%, de 5,34%. No contrato para janeiro de 2023 a taxa subia para 6,41%, de 6,39%, enquanto a taxa para janeiro de 2025 aumentava a 6,97%, de 6,95%.